terça-feira, 25 de março de 2008

Healthy Habits

Mas duas vezes por semana, no mínimo!

Atenção, estas recomendações não podem ser descuidadas!
Olhem que estes estudos são sérios..

sábado, 22 de março de 2008

Línguas...

Apesar de na parte de Espanha onde me encontro, um gajo se safar melhor a falar alemão do que espanhol, aprendi vivendo no meio dos coños, que um gajo comunica e nada mal, com meia-dúzia de palavras ou expressões.

E em jeito de serviço público, nada menos se pode esperar aqui do vosso taxista, aqui ficam as mesmas:


1ª e a mais simples e nem por isso menos importante (aliás importantíssima!) "Valle!"

Esta palavra de cinco letrinhas apenas é o OK espanhol. Tão importante como dizer "", o "Valle!" permite a falantes de qualquer outra língua (se bem pronunciado) dar um ar de graça espanholita!

Exemplo: Vamos-nos rebentar a beber calimocho num desses boteillons da merda que para aí andam? "Vallle, valle!"


2ª "Coger"
Este verbo é de simples pronuncia para a malta lusa ("correr") e o mais fixe de tudo é que vale por uma série de verbos: apanhar, buscar, trazer, levar... Na boa! É só dizer que tens que "Coger" qualquer coisa. Tenham vocês que ir apanhar, levar, buscar ou trazer essa coisa! Demais!

Exemplo: Olha lá, não será melhor "coger" isso connosco? Ou melhor "correlo" daqui... Oh coño, "coger" isso a casa pá!


3ª A expressão "No passa nada"

Os espanhóis têm uma expressão para o nosso "não há stress!" ou "Na boa!". Usado com muito mais frequência do que qualquer uma das expressões tugas anteriores. O "No passa nada" dá-nos um glimps de como os espanhóis são um povo mais relaxado do que nós!
Pode ser usado em mil e uma circunstâncias:

Exemplo: Épá man, acabei de te atropelar o cão, borrar-te com o molho do meu bocadillo e estragar-te os sapatos de camurça com a minha caña! Desculpa lá pá!
-"No passa nada!"


4ª "Joder" - porque não podia ter uma rubrica de linguística sem o bom velho palavrão (ou não fosse eu a escrevê-la!)

Os nuestros hermanos neste aspecto caíram logo nas minhas graças. Têm um palavrão de uso corrente, que não é tão forte quanto parece, sim porque eles estão mesmo a dizer "Foder", e que é usado constantemente e em diversos ambientes: trabalho, lazer, etc.
O "Joder" para aqui "Joder" para acolá que se ouve vezes sem conta saído de bocas das mais diferentes idades, seria o mesmo que em Portugal dizer "Fogo!" (ou "Porra" de Coimbra para baixo). Contudo, não é uma palavrita qualquer que é usada para não se usar the real thing (como o parolo "Fónix").
É dizer basicamente "Foda-se!" mas está de tal forma institucionalizado que toda a gente o entende como uma "expressão de libertação" (isto lembra-me um post...)


Exemplo: "Joder tío!" (Basicamente, "Foda-se man!". Também pode ser usado com o feminino tía que dá ainda mais piada à coisa "Foda-se minha!")


Todavia o que de melhor há na língua espanhola é a familiaridade com que as pessoas se tratam. Apesar de já conhecermos casos como o inglês em que "Tu" e "Você" são sempre "You", os espanhóis para além de só usarem o "Você" em casos muito particulares, tratam toda a gente por tu e pelo nome!

Ninguém aqui é o Sr. José, ou muito menos o Eng. José. Ele é o José, ou melhor o Juan. :D
Nas empresas espanholas não há Doutores e Engenheiros, há pessoas.

Tratam-se bem, são genuínas na maneira de falar e sem dúvida há também alguma genuinidade na maneira de ser, quanto mais não seja porque toda a gente sabe e se trata pelo primeiro nome.


Conta alguma coisa, não acham?

terça-feira, 18 de março de 2008

Coisas que se aprendem por aqui com velhos alfarrabistas ingleses


-"You sire are drunk!"

-
"Yes M'am but you are ugly...

and I shall be sober in the morning!"

quinta-feira, 13 de março de 2008

Cinto, esse acessório tão importante


Nestes últimos dias tenho andado a puxar bem pelo táxi. Trabalha-se bem, demasiadas horas e em grupos de centenas de pessoas. O trabalho é físico e bastante duro por vezes.
In this line of work, um gajo tem que se mexer. Dobrar-se, pegar em pesos, agachar-se para conseguir o melhor ângulo, etc...

Ora, no meio destas andanças tenho tido alguns encontros imediatos com certas e determinadas partes de corpos que não me interessam muito ver, sobretudo quando estamos a tentar concentrar-nos para trabalhar.

Falo do hábito masculino de andar com calças a cair pelo rabo abaixo, cinto apertado a meio dos tomates e o belo do boxer a sair pelas calças fora.
Já não chegavam as gajas, que desde de que entrou a moda das calças de cinta descida, têm muitas vezes meio rabo e respectivo fio dental fora de sítio... Agora também gajos?! A moda dos cús peludos e dos boxers estampados?!
Tá uma pessoa à volta desta gente, a observar o andamento do trabalho, quando às páginas tantas... Um peludo!

Por um lado a tirar toda a credibilidade à pessoa que observas e por outro a deixar-te desconfortável.

Épá, poupem-me!

sábado, 8 de março de 2008



Estive até há pouco numa festa alemã. " Zie German?!"
Uma festa... um aniversário com mais quatro pessoas, mas todas elas alemãs.
Engraçado esta coisa de se estar à mesa com pouca gente, em que nenhuma fala a tua língua, tu não falas a deles e temos apenas o inglês como língua comum e que todos eles o falam poorly!

Mas não foi este facto que eu achei que era post material, mas sim a tentação em que aqui o vosso taxista caiu.

Ora, como alguns dos passageiros sabem, eu sou um fumador em recuperação. E sabem o que se costuma dizer: Once an addict, always an addict!
Apesar de ter apagado o meu último cigarro há quatro anos atrás, uma pessoa nunca sente que abandonou a vontade. Aquela... A que bate depois do café... Depois de uma refeição...
A traça mantém-se.
Pois esta noite, depois de um bom churrasco German style (ou seja, com muita salsicha) e depois de emborcadas as respectivas garrafas de vinho tinto, qual não é a minha surpresa, quando reparo que um dos alemães fuma, non other than Lucky Strike. A minha marca. Ex-marca, that is...

Sim, confesso, não resisti.
Não foi a primeira vez que me deparei com um fumador de L.S.
Não foi a primeira vez que me deu vontade de fumar.
Mas foi, sim, a primeira vez que disse: Why not?

Cravei um cigarro.
Mal o coloquei nos lábios, nada de especial se passou. Aliás, sempre achei que o cigarro por acender não tinha um cheiro nada apelativo.

Mas, caríssimos, mal o acendi... o aroma, o odor e o sabor que emanou daquele little peace of heaven, foi nada menos do que puro prazer. E todos os momentos que se seguíram até o apagar no cinzeiro.

É verdade. Confesso! Sou um fumador em recuperação que caiu na tentação.
Sim, é verdade, fumei!
Não, não tenho medo de voltar a fumar!

Quer dizer... A menos que tenha outra Lucky Strike como esta!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Novas experiências


- "Sabes conduzir automático?
- Não!
- Então vais aprender!
- Ok! Bem, será mais fácil do que se me tivesses que ensinar a conduzir manual!"


É verdade! O meu táxi teve uma actualização americona.

Foi-se a manete das mudanças e veio um estranho apêndice ao volante!


Conduzir um carro com automáticas é compreender verdadeiramente a importância das mudanças! Todas as travagens são bruscas, todas as acelerações repentinas, o stress da mão direita uma constante... Não sabes onde a colocar!


Tirando os estouros (felizmente, lol) é como andar de carrinhos de choque. Só usas o pé direito. Travas e aceleras e já está!
Uma forice!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Pensamento do dia

"Se te cai na sorte de seres um varredor de rua, vai! Varre a rua tão bem como Mozart compôs música e tão bem como Shakespeare escreveu poesia!"

Penso que foi Martin Luther King que disse isto. Posso ter-me enganado. Mas não deixa de ser grande frase!

E já estamos a meio da semana...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pequenos factos aprendidos no primeiro dia de trabalho


Ferris Bueller's day off ("O Rei dos Gazeteiros") é um dos filmes da minha infância. O filme que promoveu o talento de Mathew Broderick, conta a estória de um estudante de liceu cujo maior talento era fazer gazeta.

Os esquemas que levavam o principal à loucura, faziam dele o maior da escola. Não porque os colegas soubessem que se estava a baldar, mas porque até peditórios faziam para ajudar o pobre Ferris
a combater a infeliz e fatal enfermidade de que padecia. (Bull!)

Ao som de
Twist and Shout dos Beatles e de um Ferrari 250 GT de 1961, a cidade de Chicago é de Ferris for the taking.

Ora, hoje descobri um facto engraçado sobre um dos actores deste filme.
Richard Edson, o funcionário da garagem onde Ferris tem a péssima ideia de deixar o carro estacionado, é nada mais nada menos do que o baterista original dos Sonic Youth! E mais, também tocou na banda Konk!
O
punk-rocker trocou a música pela representação no início dos anos oitenta e deu-se bastante bem, tendo já participado em cerca de 35 longas-metragens and counting!

Foi a bit of trivia for the movie (and music) lovers. E para terminar em beleza, lés luk at de tréler!
http://www.youtube.com/watch?v=4MxPoxxt7n0

domingo, 2 de março de 2008


Antes de mais, obrigado pelos desejos de boa viagem e tudo o mais.
Pois é, cá me encontro em terras de coños, não há muito tempo, mas já com muito para contar.

Desde quinta-feira, já tive a primeira molha de pés oficial de 2008, já comi os danados pimentos de padrón e já se bebeu muita caña! O mesmo será dizer que eu e o meu táxi já nos sentimos em casa!

Contudo, não pude deixar de reparar num fenómeno que prolifera por cá e que também não nos é nada estranho, aí no nosso Portugal. Já devem os passageiros ter reparado, numa dessas viagens obrigatórias ao nosso Algarve, na quantidade de lugares literalmente "para inglês ver" que existem por lá.
Falo dos bares, ou pubs, com ementas de comes e bebes em inglês, jogos de bola dos Ingleses e claro, música bem parola inglesa!

Ora, no caso português não deixa de ser curioso que nos atendam nos cafés e esplanadas algarvios, em inglês, mas para os espanhóis trata-se de um drama, visto não haver destreza em falar a língua dos saxões (ou outra qualquer que não espanhol, for that matter).

Agora, para quem reclama do constante aparecimento de lojas e restaurantes de chineses nas nossas praças, não parece muito preocupado com a invasão anglo-saxónica. Eles chegam, instalam-se nas nossas cidades à beira-mar, ocupam os lugares destinados aos comerciantes portugueses e, sem tardar muito, trazem as mulheres, os filhos, irmãos e cunhados e ninguém parece preocupado com os empregos que estes gajos estão a roubar aos nossos conterrâneos.

Bebe-se cerveja de merda, vêem-se jogos de rubgy, gramam-se as pitas biffs e a sua falta de noção de decência, levamos com a obscenidade das peles-camarão... E ninguém diz nada!
Fala-se da falta de estética dos chineses. Que me dizem então às lousas postas em frente aos tascos, com aquelas letras foleiras, acompanhadas de desenhos ainda mais foleiros, a publicitar Happy Hours com álcool mais do que foleiro que nos pode matar ao segundo copo?!

Quando acabarmos a jantar às 6 da tarde, embebedar-nos às 8 da noite e a destruir tudo o que nos aparece à frente, só porque vimos do pub, não digam que aqui o taxista não avisou!

Até uma próxima viagem, cá vos deixo uma foto do que é hoje em dia a minha praça de táxis ;)

Hasta luego compañeros