domingo, 27 de abril de 2008

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Holanda proíbe cogumelos mágicos

Foi já há alguns meses que o governo holandês anunciou o fim da autorização de venda dos chamados "cogumelos mágicos".
Estes pequenos fungos, com diversos efeitos que podem ir de simples ataques de risos, até alucinações (dependendo do tipo que se toma) têm sido os responsáveis (é o que se diz...) por vários acidentes, protagonizados sobretudo por turistas.


Um exemplo desses acidentes foi o de uma jovem francesa que se encontrava numa viagem de finalistas em Amsterdam. Depois de consumir cogumelos, atirou-se da janela!

Nem queria acreditar! Aquela "mito urbano" (ou que julgamos ser) é responsável pela proibição de uma droga.

Bem , para que não soframos com idiotas como aqui a amiga francesa, aqui ficam as sábias palavras de um Sane Man, que tão bem dissertou sobre este tipo de casos:


Ladies and Gentleman, Mr. Bill Hicks!

"Always the same story, you've all see it:
Young man on acid, thought he could fly, jumped out of a building! What a tragedy!
What a dick, fuck him! He's an idiot. If he thought he could fly, why didn't he take off from the ground first? Check it out. You don't see ducks lining up to catch elevators to fly South. They fly from the ground, you moron.

Quit ruining it for everybody."

quinta-feira, 24 de abril de 2008

They talk about a revolution


São 34 anos sobre a revolução de Abril. São 40 sobre a de 68...

Temos o hábito de celebrar estes momentos de espontaneidade e de revolta contra o mau estado das coisas. Mas na verdade, quanto mais nos aproximamos do estado em que estávamos antes desses momentos, mais nos bate a nostalgia.

Porque é que as revoluções não são tão habituais hoje em dia? Porque estamos em democracia? Porque a autoridade é menos autoritária?

Ou ao contrário de 68, os jovens sabem o que fazer depois de terminado o curso “obrigatório”? Estão satisfeitos com o país que vão herdam da geração anterior?

Porquê que não temos uma revolução?
Se as conversas de café têm um tom tão oprimido e insatisfeito? Revoltado...?

Será porque hoje em dia, ao contrário de 74 por exemplo, podemos simplesmente voltar costas ao país que não nos cuida e partir para outro? Como não estamos limitados às fronteiras opressoras, podemos fugir?

Mas, na verdade, não acabámos sempre por perceber que em todo lado para onde vamos acabamos por encontrar os mesmo problemas, insatisfações, opressões?

Até quando, onde, devemos fugir?
Para quando a próxima revolução? 
Estará ela em cada um?

terça-feira, 15 de abril de 2008


Poderia escrever uma grande quantidade de posts apenas com as personagens que viajaram no meu táxi só a semana passada. Mas decidi escrever este:

Pé de Gesso.


Para quem não está ao corrente, um "pé de gesso" é um espécimen algo comum nas nossas praças. Mais usual encontrá-lo em locais conhecidos como "azeiteiros" e como diria um blogger em "certas classes", mas a verdade, e para que ele compreenda a falta de exactidão dessa denominação, é que encontramos esse exemplar nos sítios mais improváveis.


Antes de mais vamos explicar:
Um "pé de gesso" é uma pessoa que usa a bela da meiinha branca. Ainda que comum nos dois sexos, uma mulher poderá escapar-se desse rótulo, enquanto um homem, a não ser que esteja de calções, sapatilhas e a fazer desporto é o belo do azeiteiro!

Não há perdão. Ser pé de Gesso é não conhecer o mais básico do que é vestir. Não é uma falha de estilo, é um atentado à decência.
Ora, eu estive na presença de uns belos pares de Pés de Gesso esta semana que passou.
Gente que gasta fortunas em perfumes, usa jóias com cristais Swarovski, sapatinho italiano, mas que quando dobra a perninha... O que é que se vê? You know it! A bela da meia branca!

Provavelmente seriam capazes de enganar alguém. Diriam que é o último grito da moda em Milão.
A verdade é que eram uma cambada de azeiteiros e nem era preciso chegar à meia branca!

Afinal quem são as "classes"?
Again, social class or no class?

segunda-feira, 7 de abril de 2008



Como assinalei no post anterior, há uma preocupação mundial (ou europeia) com as línguas que sobreviverão à "aldeia global".

A luta que trava o francês para estar presente no futuro, tem efeitos contraproducentes claros. Os franceses pouco sabem sobre os países que os rodeiam e não falam línguas com a destreza de um alemão ou de um tuga até.

Os espanhóis não falam mais línguas porque decidiram simplificar tudo, traduzindo-o, dobrando-o, etc. Resultado: nem um filme em língua original consigo ver nesta terra!!!

O português por seu lado, não perde muito tempo com esta preocupação. A língua de Camões é falada em muito sítio, mas não está a aumentar... O futuro poderá ser infelizmente, a morte da nossa língua, e aí a morte da nossa cultura. Pois afinal, "A minha Pátria é a Língua Portuguesa."

Contudo, não pude deixar de me surpreender com o facto de tanta gente (os ilhéus cá do sítio) conhecerem ou já terem visitado Portugal. Ingleses, Checos, Espanhóis... Todos eles me dizem o quão 'precioso' é o Porto e Lisboa. Que lhes 'encantou'. E na verdade, desde que comecei a trabalhar no meu escritório (da praça de táxis, claro) já ouvi a voz de Caetano e de Tom Jobim a cantar em português. É bonito!

Mas a verdadeira surpresa foi a de hoje.
Uma colega de trabalho dirige-se a mim e diz: "Esta é para ti!"

Arrepiei-me! A voz de Teresa Salgueiro rompeu pelas colunas a cantar "O Pastor". Que bela escolha! O som de Madredeus é um óptimo exemplo do que de melhor se faz em Portugal em termos musicais.

Hei, a brincar a brincar, o português vai soando por aí! E nem é por parte dos portugueses. São os estrangeiros que querem ouvir a nossa língua. Porque lhes 'encanta'.

Que orgulho teria o professor.

quinta-feira, 3 de abril de 2008



Disseram-me que os portugueses não têm filmes, séries e não sei que mais, dobrados com as belas vozes dos nossos conterrâneos, porque quando se começaram a fazer dobragens, Portugal não tinha dinheiro. Que pena... não?!


Pelo menos uma vez, há alguma felicidade em sermos os mais atrasadinhos cá em terras europeias.


Nesta puta tierra onde me encontro, não há um cinema que passe filmes em língua original!!!!

Ninguém merece!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Post de dia 28 de Março de 2008


Ementa:

Entrada
Pimentos de padrón
(é que a maioria das alemãs não conheciam a tapa mais famosa de Espanha and my personal favourite)

Prato principal

Bacalhau com natas
(Porque um tuga que se preze faz o belo do bacalhau para mostrar aos "estranjas" o quão bem se come em Portugal. E também porque é uma das minhas [muitas] especialidades, cof, cof, cof...)

Sobremesa

Combinado de chocolate/natas/bolacha
(Podia até chamar-lhe uma especialidade tuga. Who's gonna know? Mas que é bom como o caraças, é sim senhor! Digno de ser guloseima portuguesa!

Bebida

Cerveja
(Fresca e boa! Mas espanhola...)

Cinco alemãs, um espanhol, uma francesa e aqui o belo taxista juntaram-se para um jantar de celebração. Entre outras coisa, fez precisamente na sexta-feira um mês que deixei terras lusas.


Falou-se de tudo naquela mesa. Ao mesmo tempo ouvia-se alemão, espanhol, francês e inglês. Uma confusão normalmente. Uma forice com uns copos a mais.


Foi-me oferecido um pequeño recuerdo.
E qual não é a minha surpresa quando reparo na etiqueta que diz: Made in Portugal!

Viviamos na altura todos numa casa de campo. Um belo dum chalet, com jardim, piscina e até um casal de cães. Nessa mesma noite, dia 28 de Março, a cadela deu à luz 9 cachorros.

Tinha que escrever este post!

É que, foda-se, foi uma noite em grande!

E siga para o próximo!