terça-feira, 24 de novembro de 2009

Rock Star

Hoje em dia, quando chamamos a alguém uma "Rock Star" podemos estar a referir-nos a um Presidente da República...

E ele não tem necessariamente que saber tocar um instrumento....

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Porque "está a chegar ao fim o maior processo da justiça portuguesa"

Há uns meses, visitámos um atelier de cerâmica.
Uns amigos levaram-nos lá pois o artista da casa era português e ficaria com certeza contente por nos conhecer.

Depois dos simpáticos apertos de mãos, começaram as perguntas enquanto se deitava olho ao interessante trabalho que enchia a farmácia dos anos 1900's, agora transformada em oficina.

Ora, o artista começa a contar-nos a sua história...
"Nasci ali, cresci acolá e depois fui estudar para a Casa Pia... Vocês já ouviram falar da Casa Pia, não já?"

Ao que retorquiu o Fora que estava connosco:
"Naaaahhhh! Nunca ouvimos falar da Casa Pia!"

O artista olhando-o de lado, só conseguiu responder: "Este aqui é maroto..."

LOL!

sábado, 21 de novembro de 2009

Screw (the) Cork


H
á muito que se falava desta mudança. Noutros países produtores de vinho, a famosa "screw-cap" é já tão ou mais normal do que a rolha de cortiça.


Em Portugal o produto já não é propriamente novo.


Já se viam aqui e ali garrafas com seladores de gargalo distintos da rolha de cortiça. Timidamente a "rolha de enroscar" foi-se impondo em algumas marcas e outras houve até que chegaram a optar pela horrorosa rolha sintética...


Para infortúnio dos corticeiros portugueses, também as marcas nacionais estão a optar pela "s
crew-cap".

Se a moda pega a todos, a indústria corticeira perderá o seu maior e mais lucrativo mercado... Há anos que ando a lutar contra o inevitável.
Apresentam a rolha de cortiça como o produto natural em oposição ao alumínio; Mostram como o acto de abrir uma garrafa com um saca-rolhas é acima de tudo um ritual; Afirmam que o vinho guarda a sua essência apenas quando selado pela cortiça...
Chegaram mesmo há uns anos, quando a "Screw-cap" começou a invadir os mercados internacionais, a patrocinar investigações científicas que provassem que a cortiça tem poderes anti-cancerígenos...

Uuuuiii e se o tivessem conseguido... Acabar-se-iam os problemas!
A indústria corticeira continuaria a fazer dinheiro para os bons e os maus (e os muito maus) negócios.




M
as não foi o que aconteceu.





Pelo que sei, a investigação não conseguiu ligar nenhuma propriedade anti-cancerígena à cortiça.


O preço baixo da screw-cap ganha terreno, mesmo em Portugal, e a indústria portuguesa mais rentável terá ainda mais problemas em lutar com a concorrência do que até agora...


Eu acho que o sacar da rolha de cortiça, a passagem do vinho para um recipiente de vidro, o deixar o vinho respirar e depois bebê-lo calmamente é um ritual.

Mas por outro lado, quem é que já não se viu com uma garrafa, ansioso por abri-la e sem um saca-rolhas à vista...


No futuro talvez a rolha de cortiça só signifique uma coisa: vinho bom e caro.
O ritual vai começar na compra da garrafa, na sua abertura e terminará nos efeitos da sua degustação.
Ritual esse que não estará ao alcance de qualquer um...
Ritual esse que vai enterrar a maior indústria do nosso país.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Here we go...!


E pronto, está feito!
Desenrolem as bandeiras dos pagodes. Estamos em mais uma fase final de um Mundial!
Africa do Sul, cá vamos nós!
Depois de muito sofrer (estávamos com saudades da velha selecção a fazer continhas de cabeça. Obrigado Queiroz) vamos a um Mundial de bola no ano que vem.

Eu estava tão ansiosa pelo golo de Portugal como pelo começo da novela da noite.
Se os tugas ficassem em terra eram tostões poupados que muito nos fazem falta nos dias que correm.
Mas, quis o destino que o Liedson ;) fizesse grande passe e o golo lá entrasse.

E para dizer a verdade, é se calhar o ano em que menos me custa ver a equipa das Quinas a esbanjar dinheiro.
É verdade que estamos em tempo de poupanças, mas Portugal precisa se calhar mais do que nunca de festa...

Esta semana falava cá com um franciú que trabalha comigo, que namora com uma tuga nortenha! (Ah raça!) Ora, o casal é capaz de partir em breve para terras lusas e o franças não esconde a preocupação pelo situação económica.
Quando me perguntou a opinião, disse que se calhar o desemprego talvez nem seja o pior problema do nosso país. Ou melhor faz parte de um problema maior.
Parece-me (cá de fora, onde estou a rachar lenha) que Portugal está submerso num clima de desconfiança e depressão. Clima esse que afecta o modo de vida em geral.
Pois bem, venham as bandeiras, as buzinadelas das vitórias e as cervejas com termoço durantes os muitos 90 minutos de jogos que teremos pela frente.
Quem sabe, se afinal a bola não matará mesmo fome (ou pelo menos a de espírito...)

E por falar em vitórias, também os Franceses estão no Mundial.
A mão de Thierry Henry garantiu um apuramento sem mérito.
Não se ouviram gritos nem buzinadelas, nem se viram bandeiras a esvoaçar nas ruas de Paris.

Essas explosões de alegria invadiram o país muito antes da equipa gaulesa entrar em campo.
Deram-se depois da Argélia eliminar o Egipto.
Um jogo de bola que fui muito mais do que uma disputa futebolística.
Não é que seja grande notícia, mas não deixou de ser curioso nem se ouvir falar nos telejornais tugas tão sedentos de magníficas e inéditas vitórias.

Mas também, com gripes As, corrupções e agora as Quinas... quem é que tem tempo?!