domingo, 25 de outubro de 2009

Paranóia, paranóia, paranóia...


Há uns tempos, aquando de uma visita cá a chez-nous de uns amigos tugas, percebemos que a paranóia GripeA afinal não é tão generalizada assim.


Chamaram-me à atenção da ausência de notícias diárias e alarmantes sobre a pandemia.


De facto, ainda que o típico desinfectante de mãos esteja bem presente por estes lados, a verdade é que o bombardeamento de notícias sobre a gripe não faz parte obrigatória dos blocos de informação...


Contudo, a paranóia vai seguindo com força.


Os Estados Unidos declararam estados de emergência. a população deve ser vacinada rapidamente.

Em Portugal, há médicos alegadamente a passar receitas de vacina a grupos considerados não-prioritários. E a guerra para se pertencer a este grupo já se conhece...


Por outro lado, está a luta contra a paranóia.

Quem ainda não recebeu o
vídeo que aponta o dedo a altos dirigentes americanos e aos media que usam o medo como arma de distracção e (claro!) consumo.
Ou os simples números que apontam a gripe sazonal, essa sim, como uma pandemia generalizada que mata mais indivíduos por ano (sobretudo os mais idosos) do que qualquer pandemia de gripe das aves ou gripe suína até agora.


Mas esta luta contra a paranóia deve continuar.
O pânico e o medo levam as pessoas a ser descuidadas e a cometer erros estúpidos de que facilmente se arrependerão no futuro.

Senão vejamos:

- A vacina da gripe A ainda não passou os testes necessários à medicação. A corrida contra o tempo, resultou numa vacina, testada rapidamente e sem conclusões claras do que pode causar no futuro a sua administraçã
o. Para agravar este primeiro facto, está o principal grupo de risco: as grávidas. Como aconteceu há uns anos com os bebés Thalidomine. O uso de uma droga em grávidas terminou muito mal, com as crianças a sofrerem deficiências motoras. Na altura ainda não havia informação suficiente sobre a influência do consumo de medicamentos da mãe para o feto. O resultado do consumo, e consequente relação entre os dois factos, foi apenas descoberto anos depois.

- Na verdade ainda não está bem claro quantas doses deverá tomar cada pessoa ou mesmo se até uma dose chegará para vacinar duas pessoas...

Até lá, vamos tendo casos pouco claros aos quais tentamos não dar muita atenção...
Vemos o mundo a correr pela
salvação... E a desviar-se mais uma vez do caminho certo e simples:
- Milhares morrem de doenças curáveis hoje em dia por falta de medicamentos que já existem
- Outras doenças, como o HIV, continua a roubar vidas todos os dias e
a evoluir nos locais onde a prevenção e o combate são menores.

Eu espero que daqui a uns anos falemos sobre isto e o assunto será este:
O Homem é paranóico e não consegue viver em paz. Dá para rir... agora!


1 comentário:

DomingonoMundo disse...

Por cá, um grupo considerável de pessoas (que os jornais consideram "a maioria") tem recusado a vacina. Sinal de que ou as pessoas estão mais informadas ou há uma paranóia reactiva, de sentido contrário à que se quer impingir. Mal por mal, é sempre boa notícia quando se puxa o tapete às farmacêuticas! Entretanto, o seboso e a Ana Jorge foram os primeiros a tomar a vacina, o que quer dizer que pode ser que lhes cresçam umas orelhas na testa...