quinta-feira, 24 de abril de 2008

They talk about a revolution


São 34 anos sobre a revolução de Abril. São 40 sobre a de 68...

Temos o hábito de celebrar estes momentos de espontaneidade e de revolta contra o mau estado das coisas. Mas na verdade, quanto mais nos aproximamos do estado em que estávamos antes desses momentos, mais nos bate a nostalgia.

Porque é que as revoluções não são tão habituais hoje em dia? Porque estamos em democracia? Porque a autoridade é menos autoritária?

Ou ao contrário de 68, os jovens sabem o que fazer depois de terminado o curso “obrigatório”? Estão satisfeitos com o país que vão herdam da geração anterior?

Porquê que não temos uma revolução?
Se as conversas de café têm um tom tão oprimido e insatisfeito? Revoltado...?

Será porque hoje em dia, ao contrário de 74 por exemplo, podemos simplesmente voltar costas ao país que não nos cuida e partir para outro? Como não estamos limitados às fronteiras opressoras, podemos fugir?

Mas, na verdade, não acabámos sempre por perceber que em todo lado para onde vamos acabamos por encontrar os mesmo problemas, insatisfações, opressões?

Até quando, onde, devemos fugir?
Para quando a próxima revolução? 
Estará ela em cada um?

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