
"(...)A reconquista do Éden comportaria para o homem a libertação do trabalho, lava-lo-ia dessa mancha de animal doméstico sob o jugo, havia de o restituir ao que é o seu essencial carácter: o ser pensante."
“(…) Já reparou naquilo a que chamo a agonia do trabalho? Toda a nossa vida gira em função do trabalho. Quando se pergunta a alguém o que é, nunca temos a resposta: sou homem ou sou mulher. Diz-se: sou engenheiro, electricista, médico. Só se é gente em referência ao trabalho. Um desempregado sente-se um pária e, todavia, ele é gente, a coisa mais extraordinária que se pode ser(…)”.
Agostinho da Silva
“Ir à Índia Sem Abandonar Portugal; Considerações; Outros Textos", edição da Assírio & Alvim, Lisboa, 1994
2 comentários:
Que saudades do grande Agostinho!
Faz cá falta "gente" como ele.
Obrigado, sr. taxista, por esta lembrança!
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